Dos sete Terreiros de candomblé tombados pelo Iphan, seis estão na Bahia: Casa Branca, Ilê Axé Opô Afonjá, Gantois, Alaketu e Bate-folha, em Salvador, e Roça do Ventura, na cidade de Cachoeira, que recebeu a proteção federal em janeiro. No Maranhão , o Terreiro Casa das Minas Jejê foi tombado em 2005. Em outubro de 2009, após 25 anos da pioneira proteção do Terreiro da Casa Branca, a superintendência do Iphan-BA realizou o Seminário Internacional Políticas de Acautelamento do Iphan para Templos de Culto Afro-Brasileiros, discutindo políticas para os terreiros tombados. O superintendente do Iphan, Carlos Amorim ressalta que “a inauguração das Casas de Oxalá e de Iemanjá, do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, um ano após o Seminário é o início de uma série de intervenções importantes. A próxima é a entrega da restauração de parte do Terreio Ilê Iyá Omin Axé Iyá Massê, Terreiro do Gantois”. O superintendente lembra ainda que o Acordo de Preservação do Patrimônio Cultural – APPC, do PAC das Cidades Históricas, assinado em 2010 entre Iphan, Governo da Bahia e prefeitura de Salvador, inclui ações integradas de preservação e promoção do Patrimônio Cultural entre 2010 e 2013, prevendo intervenções nos Terreiros protegidos.
A noticia abaixo foi veiculada no site do Ministério da Cultura e do Iphan.
Ilê Axé Opô Afonjá
Terreiro ganha reforma das casas de Oxalá e Iemanjá
Foi ao som de pontos de Oxalá, tocados por alabês, que a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, foi recebida na tarde desta sexta-feira (11) no Terreiro de Xangô, em Salvador, por Mãe Stella de Oxóssi. Das mãos de Mãe Stella, Ana de Hollanda recebeu a flor branca de Oxóssi e a estatueta de Xangô, no início da cerimônia que marcou a entrega das obras de reforma das casas de Oxalá e de Iemanjá do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, localizado no bairro da Cabula. Também participaram da solenidade o governador do estado da Bahia, Jaques Wagner, o secretário executivo do ministério da Cultura, Vitor Ortiz, e os presidentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luis Fernando de Almeida, e da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, dentre várias outras autoridades.
Em sua fala, a ministra da Cultura lembrou que a história das religiões de matriz africana sempre foi marcada por desafios. “As perseguições policiais já não atormentam os terreiros, sinal do vitorioso processo de afirmação cultural. Mas outras ameaças surgiram, entre elas, o crescimento caótico de cidades, que foi cercando espaços sagrados e suprimindo áreas verdes, onde se encontravam plantas indispensáveis ao cultos religiosos”, observou. Ana de Hollanda ressaltou ainda questões de gênero no contexto das religiões afrobrasileiras: “É algo que nem sempre ganha o realce que merece, mas os terreiros são palco de um capítulo fundamental da história da afirmação da mulher no Brasil”.
Para o governador Jaques Wagner, as relações entre Estado e as religiões afrobrasileiras foram profundamente modificadas ao longo do tempo: “Deixamos para trás um Estado perseguidor e fundamos um Estado parceiro, não cooptador”, afirmou. Comemorando a entrega, o presidente do Iphan dirigiu-se à Mãe Stella: “Posso dizer que até que enfim conseguimos, mas, junto a essa matriz, ainda somos devedores daquilo que somos como brasileiros”.
O presidente da Sociedade Cruz Santa do Axé Opô Afonjá, Pai Ribamar Feitosa, agradeceu o apoio do Ministério da Cultura: “Começo por agradecer ao então ministro da Cultura, Juca Ferreira, que autorizou as obras e, também, à atual ministra, Ana de Hollanda, que, além de nos dar a honra de sua excelentíssima presença, nos dá prova de sua atenção e sensibilidade para com nossa causa”, celebrou. Mãe Stella de Oxóssi afirmou que, para cada ser humano, é uma honra poder trabalhar pelo sagrado.
Reforma – As casas de Oxalá e de Iemanjá do Terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá receberam nova estrutura de sustentação do telhado, reforma e recomposição de paredes e alvenarias, nivelamento e execução de novos pisos, readequação dos espaços internos, instalação de gás, revisão geral e execução de novas instalações elétricas e hidrossanitárias e pintura geral. O valor total da obra ficou em torno de R$ 560 mil. No ano de 2000, o local foi tombado pelo Iphan e é referência para o processo de valorização de religiões de matriz africana da Bahia.O terreiro foi fundado em 1910 por Eugênia Anna dos Santos – conhecida como Mãe Aninha.
(Texto: Anderson Falcão/ Ascom MinC)
(Fotos: Valter Andrade/ Manu Dias/AGECOM )
(Fotos: Valter Andrade/ Manu Dias/AGECOM )
Bom dia...esta sim é uma noticia muito boa pra se começar uma semana....
ResponderExcluirCom certeza mãe, uma vitória neh!!!
ResponderExcluirMAE ESTELA QUANTA ADMIRAÇAO QUANTO ORGULHO VOCE DA AO POVO BAIANO E BRASILEIRO PEÇO SUA BENÇÃO.
ResponderExcluirParabens,conheci mae ESTELA NO CONGRESSO DA ENFERMAGEM na BAHIA.FICO DEVENDO UMA VISITA A ESTA INSTITUIÇÃO POIS MINHA FÉ É IMENSA ,ENQUANTO NAO VOU AI PEÇO SUA BENÇÃO E O EMAIL DE VCS PARA CONTATO.
ResponderExcluirABRAÇOS RUTH VALVERDE